sábado, 8 de agosto de 2015

Péssimo filme de "Quarteto Fantástico" compromete o tão esperado encontro em um novo filme com " X-Man". Produtora teme contaminação do filme com sucesso X -man.

Depois de conceber Poder Sem Limites, um belíssimo filme de estreia que trazia heróis para um mundo muito mais real do que estamos acostumados a ver e mergulhava em personagens complexas, trazendo o drama do adolescente em vários níveis para o centro da trama, Josh Trank parecia ser a pessoal ideal para dar nova vida ao Quarteto Fantástico no cinema. O reboot sonhado pela Fox, que detém os direitos sobre o supergrupo da Marvel, assim como tem os dos X-Men, poderia estabelecer com este filme um universo compartilhado para seus heróis nos moldes do que seus rivais têm criado com bastante sucesso. Mas os planos do estúdio estão oficialmente frustrados. Tanto os boatos que cercaram a produção conturbada quanto as primeiras críticas ao novo longa infelizmente são verdadeiros: o novo Quarteto Fantástico é um filme ruim.

O "decreto" dos críticos não é exagerado. O longa tem tantos problemas que fica até difícil elencá-los sem correr o risco da análise parecer obsessivamente negativa. De um modo geral, há um conflito entre o tom do filme, que se pretende mais sóbrio e profundo do que o dos longas infantilizados que Tim Story dirigiu na década passada, e o roteiro, muitas vezes primário, que parece ter sido escrito às pressas, diante de tantas frases feitas e lugares comuns, que anuncia a cada sequência o que está acontecendo em diálogos explicativos e que rarissimamente se dedica a explorar as personagens. A ideia saudável de tentar se aproximar da maior complexidade que o cinema deste gênero pede hoje desaparece e, se não forem realmente melhores, os filmes de Story parecem ao menos mais coerentes ao se assumirem como aventuras descartáveis.

Trank parece ter tido sérios problemas com o estúdio em relação ao que cada um esperava do projeto. Assustado com as reações ruins, teria tuitado uma frase emblemática: "um ano atrás eu tinha uma versão fantástica disso. E ela teria recebido ótimas críticas. Vocês provavelmente nunca a verão. Essa é a realidade". As farpas podem indicar que as interferências da Fox teriam transformado radicalmente o projeto, convertendo-o num filme de origem menos arriscado, embora a história tenha suas ousadias, se aproximando mais do grupo em sua versão Ultimate nos quadrinhos. Podem explicar inclusive o descaso completo com uma personagem tão fundamental como o Dr. Destino, resumido a um adolescente revoltado com o mundo que ganha poderes e coloca em prática um plano maligno para destruir o que considera incurável. Já passamos dessa fase.

Mas será que os atritos entre cineasta e estúdio explicariam a falta de cenas de ação realmente empolgantes, o cenário frio que não ajuda a causar empatia com as personagens, a apresentação do grupo em ação que segue um roteiro batido, onde cada um demonstra seus poderes e se dá mal e depois resolve agir em conjunto para evitar o 7×1? Será que justifica o fato de Reed Richards, um dos homens mais inteligentes da Marvel, apontar para o efeito especial para dar uma explicação didática do que está acontecendo antes da luta contra o vilão? Certamente não ajuda a entender como um estúdio que ganhou tanto dinheiro com a franquia mutante aceita cenários sem vergonha que parecem cromaquis e efeitos visuais muitas vezes primários. E não justifica também o visual equivocado do vilão ou os uniformes preguiçosos dos heróis.

A escalação de Michael B. Jordan como Tocha Humana, a maior polêmica nos bastidores, foi o menor dos problemas. O ator pelo menos tenta recuperar o tom irresponsável do herói – que Chris Evans encarnou bem melhor nos filmes de Story, diga-se – e parece mais à vontade do que o resto do elenco, sobretudo em relação a Miles Teller, apático, e Kate Mara, excessivamente sisuda. Tanto Jamie Bell quanto o Coisa são relegados a segundo plano, mas incômodas mesmo são as interpretações de Reg E. Cathey, como Franklin Storm, pai de Susan e Johnny, dono do pior texto do longa, e Toby Kebbel, como Destino, que parece antagonista de novela teen embora tenha sido um vilão furioso em Planeta dos Macacos: O Confronto.

Tantos problemas se somam ao fato de que reboots geralmente são mal vistos pelo público. E se a bilheteria reagir tão mal ao filme quanto à crítica, o segundo longa do grupo, agendado para 2017, fica comprometido e a ideia de unir o quarteto aos mutantes no cinema, mais ainda. Resta saber se a Fox abriria mãos dos direitos e do orgulho e devolveria a trupe de Reed Richards para a Marvel nos cinemas. Para o estúdio, seria uma derrota pior do que a de vilão de quadrinhos. Para o espectador, um fio de esperança. Para Josh Trank, o ideal agora é procurar um projeto pequeno para tentar reconstruir uma carreira promissora. Ele já perdeu um dos longas solo de Star Wars e isso pode ser apenas o começo.


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